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Espírito Santo pode ter lei pioneira para instalação de carregadores em condomínios

18 de setembro de 2025

Pela proposta do parlamentar, condomínios poderão ter carregadores coletivos, mas sem barrar os individuais

O Espírito Santo pode avançar com um marco regulatório para a mobilidade elétrica. O deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, apresentou o Projeto de Lei (PL) 574/2025, que estabelece um conjunto de regras para instalação, manutenção e uso de carregadores de veículos elétricos e híbridos em condomínios residenciais e comerciais do Estado.

A proposta garante ao proprietário de unidade autônoma o direito de instalar o carregador em sua própria vaga de garagem, desde que ela seja vinculada ao imóvel e que a obra respeite as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a legislação de segurança vigente.

Para isso, o morador interessado deverá apresentar à administração do condomínio um registro de responsabilidade técnica, assinado por profissional habilitado, atestando a regularidade da instalação. Outro ponto fundamental é que o consumo de energia seja medido de forma individual e pago diretamente pelo usuário. Além disso, só será permitida a instalação se a infraestrutura elétrica do prédio tiver capacidade comprovada para suportar a carga adicional.

O projeto também garante que os carregadores não prejudiquem o uso das áreas comuns e sejam posicionados de forma a minimizar impactos visuais e funcionais.

Além dos pontos individuais, a proposta abre caminho para que os condomínios também criem terminais coletivos de carregamento, definidos em convenção condominial, regimento interno ou deliberação em assembleia.

Nesses casos, o condomínio será responsável por estabelecer regras de uso, cobrança e manutenção. Porém, mesmo onde houver pontos coletivos, os moradores não poderão ser impedidos de instalar carregadores individuais.

Para Gandini, a medida é estratégica e prepara o Espírito Santo para o futuro da mobilidade:

“A remoção de barreiras burocráticas para a instalação de carregadores cria uma infraestrutura essencial para viabilizar a eletromobilidade em larga escala. É uma medida proativa, que prepara nossas cidades para o crescimento da frota elétrica, evita reformas caras no futuro e garante que o desenvolvimento urbano aconteça de forma ordenada e sustentável”, observou.

Com a proposta, o Espírito Santo se posiciona na vanguarda da mobilidade elétrica, organizando o processo de modernização e oferecendo mais segurança jurídica para moradores e condomínios.

O projeto tem de passar pelas comissões da Assembleia Legislativa, antes de ser colocado em votação no plenário da Casa.