Proposta visa minimizar o calor, barulho e goteiras, garantindo melhores condições de ensino até o fim das obras de reforma, previstas para o segundo semestre de 2026
O deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), membro da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, protocolou uma indicação ao governo do Estado sugerindo a realocação temporária de parte dos 1.197 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Almirante Barroso, em Goiabeiras, Vitória. A medida, que será votada em plenário, busca garantir melhores condições de ensino durante a reforma da unidade, que deve ser concluída apenas no segundo semestre de 2026.
A sugestão é que a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) avalie a celebração de contrato ou convênio com um espaço escolar alternativo, nas proximidades da unidade, para acomodar temporariamente os estudantes.
Gandini esteve na escola no dia 16 de abril, acompanhado do subsecretário Vinícius Simões, do líder comunitário Chico Hosken e da conselheira Elza Costa. A visita teve como objetivo fiscalizar as obras de instalação do ar-condicionado nas 16 salas de aula.
“Recebi vídeos que mostram a confusão nos dias de chuva, com goteiras e barulho de obra. A situação tem comprometido o aprendizado dos alunos. Buscamos uma solução que preserve as aulas, sem interromper a reforma”, destacou o deputado.
A proposta da realocação temporária foi sugerida também pelos professores, que enfrentam dificuldades para dar aula em meio ao barulho das obras, ao calor e às infiltrações. Uma das possibilidades citadas é a utilização de salas na Igreja Batista, próxima à escola, ou até mesmo um convênio com a faculdade Multivix, que ainda estuda o pedido da comunidade escolar.
“Está impossível estudar nessas condições. É muito calor e barulho! Não estamos aprendendo”, justificou o estudante Kawan Kaick.
A ausência de um diretor fixo na escola tem dificultado a mediação de soluções. “É importante a presença do deputado ouvindo professores e alunos, porque quem vive o dia a dia da escola sabe onde estão os problemas”, afirmou o subsecretário Vinícius Simões, que confirmou que a empresa responsável já corrigiu os pontos de vazamento identificados após uma chuva forte.
O encarregado da obra, Alexsandro da Vitória Carlos, informou que o cronograma está em dia e que 22 trabalhadores atuam na reforma, que inclui climatização, troca do telhado e reestruturação das redes elétrica e hidráulica.
Para Gandini, o foco é garantir que as obras avancem sem sacrificar o desempenho escolar: “Precisamos de uma escola renovada, mas também de um ambiente digno para estudar enquanto a reforma acontece”.



